No he de morir sin saber
cuál es el color de la libertad.
Yo no puedo sino ser
de esta tierra en que nací.
Aunque al mundo pertenezca
y siempre la verdad venza,
cuál será ser libre aquí,
no he de morir sin saber.
Cambiaron todo por maldad,
es casi un crimen vivir.
Pero, aunque escondan todo
y me quieran ciego y mudo,
no he de morir sin saber
cuál es el color de la libertad.
Jorge de Sena (Lisboa, 1919-Santa Bárbara, 1978)
Versión de Raquel Madrigal Martínez
/
A cor da liberdade
*
Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
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